quarta-feira, 5 de maio de 2010

Santiago de Compostela - 2ª etapa

2010.05.02
Segunda etapa - Rubiães/Caldas dos Reis ( 102 Kms )


Manhã cedo, 6.00h, tocou a alvorada e posteriormente um concerto de instrumentos muito mal afinados, depois de equipados, fizemos a manutenção mínima às nossas montadas, isto é, óleo nas correntes, e abalamos para o Constantino para o primeiro café, não havia mais nada.









Começamos a subir em direcção de S. Bento da Porta Aberta, por caminhos rurais e algumas rampas para aquecer, pois a manhã estava fresca, descemos para Fontoura por uns singles-traks bem desenhados e que deu gosto fazer, atravessamos a N13 e rumamos a Valença, para tomar o pequeno almoço repleto de energia ( Varadero + 2 minis ), outra vez montados seguimos em direcção à ponte de Tuí para entrarmos em Espanha, percorremos ruelas na parte antiga da cidade, subimos e descemos escadas, e chegamos a um dos troços mais bonitos, o vale do Louro, com belos trilhos e boas sombras junto ao riacho.










Pela frente tínhamos agora vários kms em longas rectas de alcatrão na travessia do polígono Industrial de Porriño, o vento dificultava o andamento mas o ritmo mantinha-se,durante este trajecto fizemos umas boas subidas, a pior foi a íngreme rua dos Cavaleiros com cerca de dois kms sempre com grande inclinação e algumas descidas violentas que não davam para descansar, durante vários kms andamos sempre perto da N550 e esta foi sempre uma referência no caminho até Santiago.










Passámos em Paso de Mos, Santiaguiño da Antas, Chan das Pipas e até nos perdemos e esta foi a única vez que aconteceu, andando mais cerca de 3 kms até reencontrar o caminho até Redondela, chegámos aí por volta das 14.00h, cansados e esfomeados, almoçamos no Migas uma parrilhada de carnes, polvo e pimentos Padron tudo muito bem regado pois o calor apertava.










Quando já nos preparávamos para arrancar, chegaram mais uma vez os nossos amigos, para almoçar, partilhámos as incidências do dia anterior e da manhã, despedimo-nos e metemos os rodas ao caminho, rumo a Pontevedra.










Subimos até ao alto da Lomba para descer até Arcade apreciando as vistas da ria de Vigo, chegados a Pontesampayo atravessamos um labirinto de ruelas, descemos até ao rio Ullo e voltamos a subir agora uma velha calçada, que nos fez lembrar a Labruja e nos levou até Cacheiro, depois passámos por campos, vinhas e pomares chegando à periferia de Pontevedra.

Cidade com bastante agitação urbana, onde descansamos um pouco das dificuldades, já com 75 kms feitos o dia de estava a ser um rompe pernas constante de subidas e descidas.

Saímos de Pontevedra apanhando a margem direita do rio Lérez, seguindo um longo carreiro do vale do rio da Granada, molhamos os pés nos troços do Castrado e Pozo Negro, a partir de San Mauro os caminhos tornam-se largos e de bom piso por entre campos e vinhas.

Já com 95 kms chegámos a um albergue, a pensar num banho e descanso, pois estávamos estourados, as instalações eram boas e novas, os peregrinos alojados eram boas e novas, mas não havia lugar... Desilusão total, toca a seguir em direcção a Caldas dos Reis para aí tentar alojamento.
Deviam ser 19.30h quando chegámos, Ponte do Umia e albergue ao lado do rio, entramos e camas todas ocupadas, mas estávamos decididos a não sentar mais as nalgas nas bikes e convencemos o zelador a deixar-nos ficar em cima de colchões no chão.


Alivio geral, guardamos as bikes, e atiramo-nos para cima dos colchões enquanto esperávamos a nossa vez para tomar banho.
No bar ao lado, mais umas cervejas para alguns, infusão de ervas do campo para outros, e a seguir a ceia, com a sopa galega a ficar na memória de alguns, o dia terminou aqui e a noite seria de descanso para a etapa final.


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